É muito comum pensarmos que quando alguém tem problema de dependência do álcool só podemos ajudá-lo se ele quiser. Isso é um mito!

Há muitos anos, vários estudos mostraram que mesmo quando a pessoa não quer ela pode ser conduzida a querer, isso foi feito através de uma técnica chamada Entrevista Motivacional, além dela, vários outros ensaios comportamentais mostraram que existem meios que os familiares podem agir de forma a levar o dependente ao tratamento.⠀

Até mesmo a internação involuntária pode ser eficaz! Existe um mito de que ela nunca seria eficaz porque a pessoa não quer, isso não é verdade e já foi comprovado pela ciência. Não queremos e nem gostamos de fazer internação involuntária esse deve ser um recurso que lançamos mão quando não há outras alternativas, ou quando a pessoa se coloca num risco iminente a si ou a terceiros.

Mas quais seriam os comportamentos fundamentais de quem convive com essa pessoa deve ter?

Não tentar convencer, não dar dicas. Não ficar falando pra pessoa parar.

Se dependesse disso, com certeza ela já teria parado, porque o familiar sempre quer o bem da pessoa e já deve ter falado algumas vezes para parar. Isso não funciona! E pior: pode aumentar a resistência ao tratamento. Se a pessoa percebe que o familiar não está mais criticando ou insistindo nessa tecla, mas que está evitando o convívio e também não concorda com o uso pode haver sim uma mudança comportamental.

O familiar pode sim e deve insistir na busca por ajuda especializada, pode também antes do próprio paciente buscar essa ajuda, e assim saber um pouco mais como agir em cada situação até que o próprio paciente chegue no tratamento.

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